Intro: Em Am B7 (2x) 
Em 
Canto hoje, canto sempre 
O que sou e o que tenho 
Am 
Pois o rincão de onde venho 
É o santo chão dos ventenas 
B7 
Que arrastaram nazarenas 
"Sobre tierra e abajo el cielo" 
Em 
Pela cor deste "pañuelo" 
Que ainda faz peso na goela 
C                   B7    
Dos que pelearam por ela 
                      Em 
"Inté" o último atropelo 
Em 
Esta cantiga baguala 
É o idioma dos bravos 
Am 
Que se fizeram escravos 
Do mundo e da própria sina 
B7 
E aos poucos os descrimina 
Mas não lhes tira o direito 
Em 
São tauras do mesmo jeito 
Essa é a razão que se acha 
C                    B7 
Pois um homem de bombacha 
                  Em 
Merece todo o respeito 
Am 
Por isso eu canto em nome 
D7 
Dos que vivem dos arreios 
G 
E em pelados de rodeios 
C 
Dão a vida por um pealo 
Am 
Acham grande um regalo 
B7 
Trocar a vida por nada 
Am 
Um índio "venta rasgada" 
É sempre um filho do vento 
B7 
Que ergue a pátria nos tentos 
Em 
No romper da madrugada 
(Intro) 
Em 
Se lhes falo de "criollas" 
Lhes falo por que conheço 
Am 
Pois também andei do avesso 
Por estradas e galpões 
B7 
Só não sei por que razões 
A alma das criaturas 
Em 
Vaga pelas planuras 
Quando o vento norte ronca 
C                      B7 
Sobre cunheiras e estroncas 
                         Em  
Que se ergueram nas longuras 
Em 
Mas algum dia eu encontro 
A parceria dos outros 
Am 
Que usavam "botas de potro" 
E chapéus "pança de burro" 
B7 
E perpetuaram sussurros 
De boleadeiras e "garras" 
Em 
E viram o sol entre as barras 
De horizontes infinitos 
C                      B7   
Quando os primeiros gritos 
                  Em 
Acolheraram guitarras.